Piloto de drone tem salário de até R$ 10 mil; veja as oportunidades no agro


Profissionais podem atuar com pulverização ou monitoramento de lavouras. Quem opta por ser aplicador de agrotóxicos, é obrigado a fazer curso para manusear químicos e se proteger. Salários vão de R$ 2 mil a R$ 10 mil e variam muito por ainda ser uma profissão nova. Piloto Adrien Michelmann realiza uma demonstração de condução de drone agrícola. Neste momento, ele não estava realizando uma aplicação de agrotóxicos, que requer equipamentos de proteção;
Arquivo pessoal
Piloto de drones é um dos cargos que estará em alta em 2024, segundo uma pesquisa divulgada pelo Linkedin, que classificou as profissões que cresceram de forma acelerada nos últimos cinco anos.
A agricultura apareceu como um dos setores mais comuns onde se encontram essas oportunidades, que, basicamente, oferecem vagas em duas áreas (algumas empresas vão exigir que um mesmo piloto cumpra ambas as funções):
na pilotagem e configuração de drones pulverizadores, que aplicam agrotóxicos, defensivos biológicos, sementes e adubos nas plantações;
na condução de drones que mapeiam as lavouras para que, dessa forma, a fazenda consiga planejar a colheita, prever rendimento e perdas, além de detectar pragas e doenças.
📚 Mas é preciso estudar…
Na área de pulverização, o piloto precisa, obrigatoriamente, ser aprovado no Curso de Aplicação Aeroagrícola Remota (CAAR), onde ele vai aprender a configurar drones e a manusear agrotóxicos (saiba tudo mais abaixo);
Já os profissionais de mapeamento costumam ter graduação em Agronomia, Geologia, Engenharia Civil e Florestal.
➡️Quem emprega? Fazendas, usinas, empresas de máquinas agrícolas e de aplicação de agrotóxicos.
➡️Como são os contratos? O profissional pode ser autônomo ou empregado. Há empresas que contratam pilotos por tempo indeterminado, incorporando-os em seu quadro de funcionários. Outras preferem contratar temporários ou prestadores de serviços.
➡️Quanto ganha? Por ser uma profissão recente e ainda pouco regulamentada, a média salarial do piloto de drone agrícola varia muito, indo, em média, de R$ 2 mil a R$ 10 mil.
“As vagas que pagam mais são vagas ‘premium’, que exigem mais formação dos pilotos”, relata Josué Andreas Vieira, agente de Desenvolvimento Regional do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
“O problema é que a maioria das pessoas não tem formação suficiente para alcançar esses cargos com salários mais altos. Tanto é que está faltando piloto no mercado”, ressalta Vieira.
Entrevistas do g1 com profissionais do setor apontaram diferentes remunerações ⬇️.
De R$ 2 mil a R$ 3 mil fixos, com uma comissão de 5% a 10% sobre hectare pulverizado, segundo donos de empresa e pilotos consultados pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag);
De R$ 5 mil a R$ 7 mil, com comissões por hectare que, no final do mês, podem proporcionar uma remuneração total de R$ 10 mil, de acordo com consultas a alunos feitas pelo Instituto de Tecnologia Aeronáutica Remotamente Controlada (ITARC);
De R$ 5,5 mil a R$ 9 mil, segundo a Recrutadora Robert Half, com base nas vagas fechadas e em andamento na empresa.
A seguir, você vai ler…
Onde está a demanda por pilotos;
Como trabalhar com pulverização;
Como é o curso obrigatório de aplicador agrícola.
🧑🏾‍✈️️Onde está a demanda por pilotos
Vieira, do Sindag, diz que a maior demanda do mercado brasileiro, hoje, está na área de pulverização.
“Já existem muitas empresas que fazem o serviço de mapeamento. Mas ainda não tantas capazes de realizar uma pulverização que seja compatível com esse mapeamento, sabe?”, explica o integrante do Sindag.
Contudo, há exceções. “Na nossa região, o mapeamento está crescendo mais que pulverização”, conta o piloto João Eder Naimeg, que trabalha no município mineiro de Patrocínio (MG), onde há muitas lavouras de café.
João Eder Naimeg trabalha no mapemaneto de lavouras, em Patrocínio (MG).
Arquivo Pessoal
“Uma coisa que acontece muito aqui é que, como a região não é muito plana, o produtor planta, fica esperando a chuva e, quando ela vem, leva tudo”.
Neste caso, o mapeamento consegue gerar, por exemplo, imagens e dados capazes de evitar esses desastres, simulando fatores como nível chuvas e altitude do terreno.
“Ao simular as chuvas, a gente faz curvas de nível ou terraços para evitar a erosão, o escoamento das sementes”, explica.
>>>Volte ao topo <<>>Volte ao topo<<>>Volte ao topo<<<
Leia também:
Nova lei dos agrotóxicos: o que o Lula vetou e a repercussão entre ambientalistas, ruralistas e a indústria
Liberação de agrotóxicos caiu em 2023, após sete anos de alta
Hormônios, insetos, vírus: entenda como os defensivos biológicos podem ser alternativas aos agrotóxicos
VÍDEO: Drone dispara ovos de vespas para abacate ficar protegido e receber menos agrotóxicos
Microvespa em drone protege abacate e diminui uso de agrotóxicos
Água de coco não é tudo igual: veja quais tipos podem ser comercializados no Brasil
De onde vem a uva de mesa

Fonte: G1_Tecnologia

Tags: No tags

Add a Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *